Sempre Ouvi Dizer
Desde muito novo que gosto de ir ao cinema.
Em conversa com alguns amigos, recordo muitas vezes as sessões no Carlos Alberto (dois filmes por 2$50), as sessões da meia noite no Batalha, Olímpia e, noutras saídas (com a namorada…claro) uma ida ao Coliseu ou ao Trindade. Mais tarde, veio o Fantasporto…saía do emprego e enfiava-me logo no auditório Nacional Carlos Alberto (nome actual do velhinho Carlos Alberto) e de lá só vinha embora já de madrugada. Não ia para o cinema para dar uns beijos, comer pipocas ou dormir…ia para o cinema para sorrir, sonhar e viver intensamente as histórias.
Gostei do Desafio das Águias…Ri-me à brava com as histórias de Louis de Funés, vi e revi Ben Hur. Isto, só para falar de alguns.
Também cheguei a sair à paulada e bofetada de uma sala de cinema. Ver o filme “Chove em Santiago” numa sala colocada em zona habitacional, feudo da extrema direita da cidade…era desafio só para alguns. Voltei lá mais 3(!!!!!) vezes, e consegui ver o filme que acabou por ser retirado para outra sala.
Hoje, e não sei bem porquê, talvez por causa dos filmes que foram candidatos a um Óscar, e também porque se aproxima mais um fim de semana, (altura ideal para ir ao cinema ou escolher um DVD para ver ou rever), reparo que sempre existiu modas ou tendências como quiserem chamar. Houve a moda dos filmes indianos, guerra, políticos, comédias, históricos…terror, fantasia, tragédias. Mais recentemente, apareceu a moda dos filmes que relatam histórias de deficientes…doentes…invisuais, surdos mudos, autistas, tetraplégicos…alguns, ou quase todos, premiados pelas excelentes interpretações dos actores.
Pelos vistos a moda continua, mas agora, relacionada com homossexualidade, mudança de sexo e afins.
Sempre ouvi dizer, “gostos não se discutem”, mas, sinceramente…estou com saudades do velhinho “E tudo o vento levou”.
Bom fim de semana.